Vi uma matéria que não pude deixar de trazer pro blog pra refletirmos. Colo aqui a matéria, com todos os créditos para o autor João Antônio - http://colunas.
Cinco questões masculinas sobre a maternidade
7:00, 27 de fevereiro de 2012
Marie Claire Brasil Casamento, Filhos, Mund o homem Tags: amamentar,mamaço, maternidade
Marie Claire Brasil Casamento, Filhos, Mund
Na semana passada, o blog vizinho daqui, oMulheres do Mundo, publicou um post. O título era este: “Amamentar em público e onde se quiser. Tem que poder. Mas precisa?”. O texto primeiro dizia isto: “Mães não deveriam ser expulsas por dar de mamá. Não deveriam ter de se trancar em um banheiro público, não raras vezes sujo, porque a fome bateu no seu filhote”.
Daí, concluía assim: “Dito isso, ficamos com outra questão, bem mais delicada e nebulosa: o que é adequado? As pessoas que se sentem incômodas com um peito pulando pra fora da roupa no restaurante deveriam ser tratadas como aberrações? O cara que ruborece quando a amiga mostra uma parte do corpo que ninguém da turma jamais viu merece ser afogado em críticas?”.
Abaixo dessa última interrogação, mais de 500 comentários sambaram sobre a discussão. Muita gente a favor, muita gente contra, muita gente a favor e contra, muita gente nada disso.
Um leitor, um leitor de nome Fábio, me escreveu.
“João, lendo o artigo publicado no site e, mais ainda, lendo os comentários – boa parte deles xiitas, com certas mulheres destemperadas, prontas para capar, estrangular e esquartejar opiniões contrárias –, fiquei aqui matutando. E desculpe, meu amigo, mas preciso te pedir para se enfiar nesta roubada. Gostaria que você pingasse nesse caldo um pouquinho da visão masculina. Sabe? Porque eu acho o seguinte: nós homens passamos meio batidos, não somos muito escutados quando a questão é gravidez. Tenho uma filha. Sei do que falo. Minha esposa é maravilhosa. Nos damos muito bem. Mas mesmo ela, João, na gravidez, assumiu uma autoridade que me machucou bastante. Qualquer coisa que eu dizia ela podia rebater dizendo: ‘Fábio, você não sabe o que é ser mãe!’. Olha, João, acho que quase nenhum homem tem coragem de dizer isso em voz alta sem ser massacrado pela opinião feminina. Porque na gravidez, a mulher manda, o homem observa”.
CINCO QUESTÕES MASCULINAS SOBRE A MATERNIDADE
Meninas, eu li e eu reli o e-mail do leitor Fábio. Lendo e relendo, decidi que era hora de apurar. Ir às ruas e às calçadas. Bater nos para-brisas dos motoristas e cutucar os transeuntes. Por fim, disparei telefonemas a amigos que são papais. Fiz uma enquete. Pra ver como é que um homem vê essa situação. Meninas, eu fui, eu vi, eu voltei com o seguinte:
1) MAIS DOÇURA: quase todos os papais realmente levam abaixo do pomo de adão um nó e uma mágoa em relação ao que um pai definiu como “intransigências femininas”. Ou seja, eles pedem um pouco mais de amor, um pouco mais de calma, um pouco mais de paciência com o fato de que homens precisam também aprender, como os bebês, o que devem e o que não devem fazer na paternidade. “Como ajudar?” é a pergunta silenciosa que a maioria deles gostaria de soltar a cada 15 minutos.
2) BULLYNG HORMONAL: homens, em minha enquete, reclamaram da “desculpa hormonal”. “João, isso é uma mumunha feminina! Tá certo, nós homens temos um milhão de problemas. Somos mais relapsos, fugimos de briga no relacionamento, temos a imensa facilidade de trair. Tudo verdade! Mas eu gostaria que as mulheres também olhassem pra um espelho. Já reparou que elas têm sempre uma desculpa? A TPM é um habeas corpus eterno e mensal pra algumas praticarem quase que um bullying com os caras. É a mesma coisa na gravidez! Eu tento entender tudo isso. Tento respeitar, mas só gostaria que elas lembrassem que gravidez também é difícil pra gente. Homem também sofre e também quer fazer de tudo por você e pelo filhote”.
3) A SOLIDÃO DE SER PAI: moços, com unanimidade assustadora, me disseram sentir a solidão da paternidade. Eles ficam perdidos, soltos, meio largados e sem função durante as questões mais uterinas da gravidez. Um homem nunca sabe bem que atitudes tomar. Que iniciativas bolar. Ele mais reage do que age. Você, leitora, perguntará: “Sim, ok, mas e daí?”. E daí nada. Eles só gostariam que vocês soubessem disso. De repente, o filho nasce e o pai se sente num segundo escalão. Sente que virou figurante de uma novela em que, antes, formava o casal protagonista.
4) O MAMAÇO EM PÚBLICO: chegamos ao ponto fundamental da enquete. Perguntei se os sujeitos se incomodavam com o dar de mamar em público. E sim, eles se incomodavam. Mas calma, nenhum absurdo nisso. Eles se incomodam apenas quando o mamar é feito assim, com braguilhas muito soltas, com mamas muito expostas. Sei que o tema é delicado. E nenhum dos consultados aqui fez a menor menção a que o bebê passe fome ou a que a mãe fique constrangida por oferecer o seio à boquinha faminta e sem dentes. Nada disso. Mas eles pediram um pouco mais de compostura. Etiqueta. Eu mesmo, meninas, já vi peitos balouçando e peitinhos escorrendo leitinho, maminhas soltas e sem nenê algum a lhes chupar. Não precisa.
5) O MAMAR VISTO PELO MACHO: de novo: todos os homens escutados disseram que sabem o tormento que é para a mulher ser a única responsável pelo departamento. Também sabem que depois de um tempo, o ato se despe de qualquer pudor ou sensualidade. Mas, oras, dizem eles, “e a gente?”. “Eu não consigo ver minha mulher mostrando os seios em público, na frente dos meus amigos, sem ficar um pouco chateado e sem pensar que ela poderia se cobrir um pouco mais ou ficar mais de cantinho”.
Importante que vocês, mães, saibam: homem até tenta desviar o olhar, mas às vezes não dá. Vocês são lindas. Quando Deus te desenhou, ele tava namorando. Resistir a uma espiadinha num peito à mostra é tarefa que nem todo moço cumpre. Portanto, discrição cai bem sim. Dê de mamar sempre e em qualquer lugar. Mas faça com o máximo de reserva, num cantinho, ou com aquela mantinha salvadora. E acima de tudo, acabou o mamar, acabou o mamar. Cubra e volte à programação normal.
Sempre pensei sobre tudo isso que João Antônio escreveu, mas nunca externei minhas ideias talvez por temer as críticas. Um dia vou ser mãe, um dia vou precisar amamentar em público, mas sempre falei que vou usar a tal mantinha. Termino com uma citação acima, que resume tudo: "Amamentar em público e onde quiser. Tem que poder. Mas precisa?" Sinceramente...nem tudo é pra se mostrar! É do maridão e do filhote, só.
Concorda ou discorda?
Bjinhos e fiquem com Deus!
Pra refletir:
"Há palavras que ferem como espada; porém a língua dos sábios traz a cura."
Provérbios 12:18
Provérbios 12:18